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domingo, 11 de novembro de 2012

Minha Autoria

  Decidi postar meu texto que fiz como trabalho de filosofia pra um amigo ler e quem quiser mais :)
  O trabalho era o seguinte: fazer um texto, da sua preferência, relacionado ao texto 'Carta Sobre a Felicidade de Epicuro a Meneceu'.
  Dai eu já tinha lido o livro 'O medico e o monstro - Roberto Louis Stevenson', e o que eu fiz? peguei os dois textos e escrevi uma carta do medico ao meu professor de filosofia :)
  Bom... Acho que ficou legal pq meu professor elogiou e deu a nota máxima.
Quem conhece pelo menos o texto Carta sobre a felicidade
 vai entender minha historinha. 
haha. Bjus :*
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Breve felicidade de um médico e um monstro

(a Mauricio Rios)

Henry Jekyll envia suas ultimas saudações a Mauricio Rios

Eu era um medico bem sucedido, com tudo para ser feliz, dinheiro, amigos e virtudes. Porém por vezes eu escondia meus prazeres em nome da minha imagem, o que me tornava uma pessoa de vida dupla. Assim, passei a buscar conhecer essa dualidade humana e descobrir que “o homem não é autenticamente um, mas autenticamente dois”, e o que divide e compõe essa dualidade humana é o bem e o mal. Eu queria separar esses dois elementos e com o avanço nos meus estudos descobrir uma porção que com a adição de um sal especial substituía a minha forma normal por uma segunda forma com expressões e marcas dos elementos mais inferiores de minha alma, a essa nova forma chamei de Edward Hyde.
A parti desse momento entendi que “muitos sofrimento são preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier depois de suportarmos essas dores por muito tempo”. Eu sentia uma dor lancinante cada vez que me transformava, mais depois, como Edward Hyde, me sentia mais jovem, leve, fisicamente mais feliz e tinha uma liberdade desconhecida e nada inocente. Ele era mais jovem, de estatura mais baixa e muito feia, uma feiúra maligna que assustava a todos que o via, além de ser muito malvado; Era meu outro lado que não desenvolvi durante minha vida já que em 90% dela fui equilibrado e bondoso. Hyde buscava seus próprios prazeres e eu me sentia bem nessa forma, pois tinha saúde de corpo e serenidade de espírito. Para ter essa felicidade momentânea que a presença de Hyde me proporcionava eu fazia tudo, cheguei a triplicar as doses da porção pondo em risco minha vida. Mas certa vez eu fui dormi como Jekyll e acordei como Hyde, nesse momento eu percebi que estava perdendo minhas virtudes, alimentando aquele lado mal que se tornava cada vez maior. Para não perder o equilíbrio da minha própria natureza decidi dar um tempo em Hyde. Parei de tomar as porções, mas não por muito tempo. Eu me tornei intemperante, desequilibrado e imprudente e só alcançava o prazer, ausente de sofrimentos físicos e de perturbações da alma como Hyde.
Voltei a tomar as porções, mais dessa vez Hyde estava mais forte e agora para me livrar dele eu tinha que tomar cada vez mais doses da porção. Com o tempo o estoque de sal especial acabou e tive que achar um meio de encontrar mais, porém em toda Londres não encontrei o sal que produzisse o mesmo efeito, foi ai que percebi que o primeiro suplemento estava impuro e que essa impureza desconhecida gerava o efeito da porção.
 Encontro-me numa situação sem saída, e depois de gozar dos prazeres mais desequilibrados, colho os frutos da minha imprudência. Não lhe escrevo para que sinta pena de mim, eu errei, ‘em diversas ocasiões, utilizei um bem como se fosse um mal e um mal como se fosse um bem’, e não percebi que ‘o bem supremo está nas coisas simples e fáceis de obter’, mais lhe exorto a ser prudente em tudo que for fazer. Também não me considere um tolo completo, pois apesar de minha imprudência, tive um bom projeto mais esse não chegou a bom termo; Sei que as futuras gerações serão capazes de desenvolver os meus estudos, apenas peço que se lembre: “o prazer é o inicio e o fim de uma vida feliz”. Agora ‘não sentirei mais a necessidade do prazer e nem sofrerei pela sua ausência’; Privo-me de todas as sensações, e todo o bem e mal que nelas residem. Com uma porção iniciei esse duelo por uma alma e com uma porção termino.

Baseado e retirado do livro: O medico e o monstro, Robert Louis Stevenson; E no texto: Carta sobre a felicidade, de Epicuro a Menerceu.


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