O trabalho era o seguinte: fazer um texto, da sua preferência, relacionado ao texto 'Carta Sobre a Felicidade de Epicuro a Meneceu'.
Dai eu já tinha lido o livro 'O medico e o monstro - Roberto Louis Stevenson', e o que eu fiz? peguei os dois textos e escrevi uma carta do medico ao meu professor de filosofia :)
Bom... Acho que ficou legal pq meu professor elogiou e deu a nota máxima.
Quem conhece pelo menos o texto Carta sobre a felicidade
vai entender minha historinha.
Quem conhece pelo menos o texto Carta sobre a felicidade
vai entender minha historinha.
haha. Bjus :*
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Breve
felicidade de um médico e um monstro
(a Mauricio Rios)
Henry
Jekyll envia suas ultimas saudações a Mauricio Rios
Eu era um medico bem sucedido, com tudo para ser feliz,
dinheiro, amigos e virtudes. Porém por vezes eu escondia meus prazeres em nome
da minha imagem, o que me tornava uma pessoa de vida dupla. Assim, passei a
buscar conhecer essa dualidade humana e descobrir que “o homem não é
autenticamente um, mas autenticamente dois”, e o que divide e compõe essa
dualidade humana é o bem e o mal. Eu queria separar esses dois elementos e com
o avanço nos meus estudos descobrir uma porção que com a adição de um sal especial
substituía a minha forma normal por uma segunda forma com expressões e marcas
dos elementos mais inferiores de minha alma, a essa nova forma chamei de Edward
Hyde.
A parti desse momento entendi que “muitos sofrimento são
preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier depois de suportarmos essas
dores por muito tempo”. Eu sentia uma dor lancinante cada vez que me
transformava, mais depois, como Edward Hyde, me sentia mais jovem, leve,
fisicamente mais feliz e tinha uma liberdade desconhecida e nada inocente. Ele
era mais jovem, de estatura mais baixa e muito feia, uma feiúra maligna que
assustava a todos que o via, além de ser muito malvado; Era meu outro lado que
não desenvolvi durante minha vida já que em 90% dela fui equilibrado e bondoso.
Hyde buscava seus próprios prazeres e eu me sentia bem nessa forma, pois tinha
saúde de corpo e serenidade de espírito. Para ter essa felicidade momentânea
que a presença de Hyde me proporcionava eu fazia tudo, cheguei a triplicar as
doses da porção pondo em risco minha vida. Mas certa vez eu fui dormi como
Jekyll e acordei como Hyde, nesse momento eu percebi que estava perdendo minhas
virtudes, alimentando aquele lado mal que se tornava cada vez maior. Para não
perder o equilíbrio da minha própria natureza decidi dar um tempo em Hyde.
Parei de tomar as porções, mas não por muito tempo. Eu me tornei intemperante,
desequilibrado e imprudente e só alcançava o prazer, ausente de sofrimentos
físicos e de perturbações da alma como Hyde.
Voltei a tomar as porções, mais dessa vez Hyde estava
mais forte e agora para me livrar dele eu tinha que tomar cada vez mais doses
da porção. Com o tempo o estoque de sal especial acabou e tive que achar um
meio de encontrar mais, porém em toda Londres não encontrei o sal que produzisse
o mesmo efeito, foi ai que percebi que o primeiro suplemento estava impuro e
que essa impureza desconhecida gerava o efeito da porção.
Encontro-me numa
situação sem saída, e depois de gozar dos prazeres mais desequilibrados, colho
os frutos da minha imprudência. Não lhe escrevo para que sinta pena de mim, eu
errei, ‘em diversas ocasiões, utilizei um bem como se fosse um mal e um mal
como se fosse um bem’, e não percebi que ‘o bem supremo está nas coisas simples
e fáceis de obter’, mais lhe exorto a ser prudente em tudo que for fazer.
Também não me considere um tolo completo, pois apesar de minha imprudência,
tive um bom projeto mais esse não chegou a bom termo; Sei que as futuras
gerações serão capazes de desenvolver os meus estudos, apenas peço que se
lembre: “o prazer é o inicio e o fim de uma vida feliz”. Agora ‘não sentirei
mais a necessidade do prazer e nem sofrerei pela sua ausência’; Privo-me de
todas as sensações, e todo o bem e mal que nelas residem. Com uma porção
iniciei esse duelo por uma alma e com uma porção termino.
Baseado e retirado do livro:
O medico e o monstro, Robert Louis Stevenson; E no texto: Carta sobre a
felicidade, de Epicuro a Menerceu.
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